O COMETA
Rasga-se um peito num grito desesperado.
Involuntário.
De guerra.
Mas ninguém ouve.
No Castelo Assombrado
o medo impera.
Os Homens,
programados,
movimentam-se com gestos mecânicos.
Os Fantasmas governam.
É noite.
Uma noite escura.
Mortal.
Sem cérebro.
Mas não te cales, HOMEM LOUCO!
Grita! Continua a gritar!
As nossas vidas dependem da força do teu grito.
Por favor,
GRITA!
Grita mais! MAIS! MAIS! MAIS AINDA! MAAAIS! MAAAAAIIS!...
Coimbra, 22/1/1978