«OBVIAMENTE»
Procuro a alma gémea neste bar
Entre gente das artes e vivida
Procuro-a que a minha anda perdida
Vagueando pelas serras a penar
Embalo-me no meu canto a sonhar
Com princesa de história nunca lida
E divago, revolvo a minha vida
Enquanto os observo a conversar
Afinal que bar é este, senhores,
Que reúne entre a sua vasta gente
Poetas, escultores e pintores?
O seu nome é tão óbvio que não mente
E fácil de fixar se tu lá fores.
Ninguém o adivinha? Obviamente.
Viseu, 28/12/1999